Ir ao banheiro várias vezes por dia é normal?
Assoalho Pélvico • 31/12/2020“Por que estou fazendo tanto xixi?”, “Preciso fazer xixi a cada hora- o que há de errado comigo?”, “O que significa quando uma pessoa precisa fazer xixi muitas vezes?”
Essas e outras perguntas podem ser muito comuns entre pessoas de todas as idades. Ir ao banheiro de 6 a 8 vezes por dia é normal e, se você for muito ativo e beber muita água, pode ser natural para você fazer xixi muitas vezes ao dia. Se a sua frequência urinária é maior que isso, pode precisar de uma consulta com seu urologista para verificar se existe algum tipo de comprometimento da sua função urinária. Trouxemos aqui, algumas situações que podem levar homens e mulheres a precisar urinar constantemente:
Infecções Do Trato Urinário (Também Conhecida Como Infeção Urinária): frequentemente apresenta uma sensação de queimação ao urinar, bem como uma necessidade frequente de urinar, que às vezes pode incluir vazamento de urina.
Diabetes: As idas frequentes ao banheiro são um sinal clássico de diabetes.
Obesidade: O excesso de peso exerce uma pressão extra na bexiga, o que pode fazer com que você precise ir ao banheiro com mais frequência.
Gravidez: O peso extra do bebê em crescimento exerce pressão sobre a bexiga e também pode enfraquecer os músculos do assoalho pélvico. É comum entre as gestantes ir mais ao banheiro do que antes, o que é completamente normal, desde que não esteja havendo escapes de urina ou infecções urinárias. Se após o parto, ainda está urinando com muita frequência ou com escape de urina, é indispensável consultar-se com um fisioterapeuta pélvico.
Problemas De Próstata: Quando a próstata de um homem fica muito grande, pode causar um bloqueio da urina, o que resulta em idas mais frequentes ao banheiro.
Bexiga Hiperativa: A bexiga hiperativa, é a causa clássica da necessidade frequente de urinar. Pessoas com essa condição não só precisam usar o banheiro com frequência, mas, muitas vezes sentem uma necessidade muito urgente, que é difícil de adiar, como se precisassem ir naquele momento ao banheiro. Podem também, despertar pela vontade de urinar, mais de uma vez por noite.
A bexiga hiperativa pode apresentar sintomas ainda mais incômodos, como escapes de urina antes de chegar ao banheiro (incontinência urinária de urgência), e até mesmo o xixi na cama (enurese).
A causa da bexiga hiperativa não é totalmente compreendida, mas está relacionada a atividade do musculo da bexiga (o músculo Detrusor). Normalmente, esse músculo permanece relaxado enquanto a bexiga vai se enchendo gradualmente e só contrai na hora que estamos fazendo xixi. Temos a sensação de querer urinar quando a bexiga está quase cheia. A maioria das pessoas consegue segurar facilmente por algum tempo após essa sensação inicial, até a hora conveniente de ir ao banheiro. No entanto, em pessoas com bexiga hiperativa, o músculo da bexiga parece trabalhar excessivamente, enviando mensagens erradas ao cérebro, e isso faz com que a pessoa sinta que a bexiga cheia, quando na verdade não está, e tenha esse desejo repentino e incontrolável de urinar.
Os sintomas podem piorar em momentos de estresse e também podem ser agravados pelo consume da cafeína em chás, café, refrigerante e etc. e pelo consumo de álcool. É importante que a pessoa com bexiga hiperativa não reduza a quantidade de água ingerida, pois isso pode fazer com que a urina fique mais concentrada e irrite ainda mais a bexiga, piorando os sintomas.
Existem diversos tratamentos para a bexiga hiperativa, dentre os menos invasivos estão a terapia comportamental, e a Fisioterapia Pélvica, com recursos como a estimulação elétrica, biofeedback e exercícios para os músculos do assoalho pélvico, que auxiliam na normalização da atividade do musculo da bexiga, e no fortalecimento dos músculos que controlam a saída da urina, para prevenir e tratar os escapes (incontinência). Esses tratamentos podem também ser associados ao uso de medicamentos. Na minoria dos casos, quando não se tem resultados satisfatórios com os tratamentos citados, podem ser realizados procedimentos mais invasivos como o uso de toxina butolinica (botox) na bexiga, implantes de moduladores da bexiga, e cirurgias para aumento de bexiga.
Importante: esse texto não substitui uma consulta com um especialista.
