Incontinência fecal: Constrangimento e qualidade de vida

A incontinência fecal, muitas vezes chamada de incontinência anal, é a incapacidade de manter o controle sobre a eliminação de conteúdo intestinal, o que causa a perda involuntária de fezes e gases em tempo e local inadequados. Apesar de não ser uma doença que ameaça a vida, é uma disfunção que pode diminuir bastante a qualidade de vida das pessoas. O constrangimento e a relutância em procurar ajuda médica faz com que muitos pacientes sofram com isolamento social, queda da auto-estima e depressão. Além disso, essa disfunção também pode causar irritações na pele e úlceras de decúbito em pacientes acamados. Estudos apontam que até 50% das pessoas acima dos 50 anos e até 5% da população abaixo dessa idade sofrem com incontinência fecal. Os casos também são mais comuns em mulheres e em pacientes diabéticos.
Causas e tratamento A incontinência fecal pode ter diferentes causas, dentre elas podemos citar problemas na percepção da ampola retal, problemas congênitos, doenças inflamatórias do intestino, doenças neurológicas, uso abusivo de laxantes, diminuição da complacência retal, envelhecimento e lesões diretas nas estruturas musculares, que podem ser causadas por acidentes, durante o parto ou por procedimentos cirúrgicos, por exemplo. O fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico é, na maioria das vezes, o tratamento mais indicado para esse tipo de incontinência. Em casos de incontinência onde não há lesão muscular direta ou a lesão é moderada, a fisioterapia pélvica tem se mostrado como uma terapia que fornece uma resposta bastante satisfatória e rápida, com eficácia de até 100% na regressão dessa incontinência, dependendo da sua etiologia. O que vai definir a eficácia do tratamento, no entanto, é o diagnóstico médico e fisioterapêutico correto da causa. Em casos de problemas de percepção, por exemplo, que acontece quando o cérebro não recebe a informação de que a ampola retal (local na base do reto onde as fezes são acumuladas) está cheia, são tratados a partir de estímulos da ampola retal. O tratamento pode ser feito com balonetes, terapia manual, biofeedback , eletroterapia e outras técnicas, a depender de cada caso. Em outros casos, como na ruptura de um esfíncter, pode ser necessária a intervenção cirúrgica, que deve ser seguido de sessões de fisioterapia, para garantir o fortalecimento dos músculos e uma função correta. A fisioterapia pélvica é um grande aliado, fortalece a musculatura pélvica e evita a incontinência. A CONFIE é uma clínica especializada nas disfunções pélvicas e todos os nossos fisioterapeutas atuam nas disfunções proctológicas.